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'O IPTU do meu prédio terá o aumento máximo, acima da inflação', afirma Haddad

Clique na imagem e veja qual será o aumento médio no seu bairro

  • Arte/UOL

Do UOL, em São Paulo

31/10/2013 09h48

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira (31) que o aumento do IPTU cobrado no prédio onde mora, no bairro do Paraíso, zona sul da capital, será de 20%, "valor acima da inflação", disse em entrevista à rádio Bandeirantes.

A Câmara de São Paulo aprovou na noite de terça-feira (29) o projeto do executivo municipal que aumenta o IPTU na cidade.

Com a mudança, os reajustes serão de até 20% para imóveis residenciais e 35% para os demais em 2014. 

De acordo com Haddad, o aumento terá um custo de R$ 60 em seu orçamento. "Eu pago três vezes mais de condomínio do que IPTU", afirmou.

Haddad disse que, se fosse cumprida à risca a lei de 2009, o valor do aumento seria quase o dobro.

Segundo ele, as pessoas precisam entender que o IPTU é o "condomínio pago à cidade". Ontem o prefeito havia afirmado que paga o IPTU "com a maior alegria".

O salário do prefeito de São Paulo é de aproximadamente R$ 24 mil.

Na terça-feira ao menos 25 associações de moradores se reuniram para fazer um abaixo-assinado on-line contra o aumento

O projeto de lei que trata do aumento ainda depende da sanção de Haddad, que tem até 30 dias para sancioná-lo. Os carnês com os novos valores devem chegar à casa dos paulistanos em janeiro.

Segundo reportagem da "Folha de S.Paulo", com o reajuste, metade dos cerca de 3,1 milhões de imóveis da cidade pagarão aumentos seguidos até 2017, quando ocorrerá nova atualização da Planta Genérica de Valores (PGV).

São imóveis que valorizaram acima dos limites. Segundo a prefeitura, a inflação estará embutida no percentual de reajuste anual deles. Já imóveis que valorizaram abaixo dos limites, pagarão somente a correção inflacionária.

Lei que criminaliza o enriquecimento ilícito

O prefeito também defendeu a rápida tramitação no Congresso de uma lei que criminaliza o enriquecimento ilícito.

"No Brasil ainda não é crime", afirmou, em referência aos quatro servidores públicos de São Paulo acusados de desviar entre R$ 200 milhões e R$ 500 milhões do município.